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O destino sombrio aumenta

September 23, 2014

Vivemos em uma sociedade totalmente doente 

 

19 DE SETEMBRO DE 2014EVARISTOMAGALHAESPSICANALISTA

 

Há uma paranoia instalada na sociedade atual. Trata-se de um certo pânico de ordem social. Toda sociedade individualista e competitiva tende a tornar as pessoas paranoicas. Todos são suspeitos. Tudo pode ser usado contra. As fórmulas registradas. As invenções guardadas. Os projetos em segredo absoluto. “Boca de siri”. Nada de compartilhar, curtir ou adicionar. Não elogie, ainda que seja bom. Não coloque em evidência, mesmo gostando. Elogios, só por puxa-saquismo, ou, apenas para quem é da corporação. Tudo pode comprometer. É difícil relaxar. Talvez seja por isso que o sono virou um problema de saúde pública. É preciso estar atento o tempo todo. Desatenção ganhou uma classificação diagnóstica: TDAH. A ritalina que o diga. Nunca fale com estranhos. Não abra links de quem você não conhece. Neste tempo em que se “mata” a própria mãe para aparecer na mídia, viramos todos celebridades. Todo mundo sabe o que acontece nos bastidores de qualquer grande empresa. Na teoria: uma grande família. Na prática: todos querendo arrancar o couro uns dos outros. Crises de estresse, tensão, depressão, ansiedade e desespero. Outro dia vi uma senhora chamando seu tarja preta de “meu rivotril”. Um aluno me disse que tinha feito setecentos amigos, em um mês, no facebook. Mundo de zumbis. Viramos nossos próprios algozes. Estamos nos autodestruindo. Ditadura da independência absoluta. Generais de nós mesmos. Tempo de ter que ser feliz sozinho. “Eu me basto”. Tempo para mais ninguém. Tempo de pagar por cuidadores. Fim da afetividade gratuita. Morte do amor e da generosidade. Li que uma senhora ficou por dias morta em um prédio em Viena e ninguém se deu conta. O prefeito criou uma lei onde os síndicos seriam obrigados a procurar seus vizinhos para saber se estão precisando de algo. Onde chegamos?

Evaristo Magalhães – Psicanalista www.evaristomagalhaespsicanalista.com

Auto engano

setembro 23 2014

O QUE É AUTOENGANO?

 

Se o conceito clássico de Insanidade é fazer sempre a mesma coisa aguardando um resultado diferente dos muitos anteriormente alcançados [...] — então, Autoengano é fazer isto sem tal consciência consentida; ou seja: sem os jogos da sorte, como com frequência acontece com a Insanidade que faz a mesma coisa achando que terá resultados diferentes apenas porque, conquanto a coisa seja a mesma, o tempo é outro...; ou seja: tratando-se, nesse caso, de um novo jogo ou de uma nova sorte.

 

Autoengano, portanto, é a deliberação que nos faz fazer algo que, consciente ou inconscientemente, suspeitamos que não alcance os objetivos desejados, mas que, pela nossa boa intenção, desta vez, estabelecer-se-á diferente apenas porque cremos sinceramente que será diferente.

 

Autoengano, por tal razão, é uma deliberação da fé/crença; a qual crê que a boa intenção mudará o resultado das coisas!

 

Desse modo, podemos dizer que autoengano é um ato de fé/crença que assola o ser bem intencionado!...

 

Assim também se pode dizer que autoengano é uma deliberação das boas intenções, como se a boa vontade tivesse o poder de mudar o significado das coisas, independentemente de que as coisas tenham mudado ou não...

 

Autoengano não demanda a conversão da pessoa/sujeito de nossa esperança; ou do objeto do vínculo por nós pretendido; ou mesmo dos fatos em si [...]; mas, supostamente, depende apenas da nossa boa intenção!...

 

Os agentes podem ser os mesmos, mas se as intenções por nós auto definidas forem outras, nos parece [ilusoriamente] que houve uma mudança radical e objetiva das coisas ou das condições em questão.

 

Dessa forma, é o autoengano que nos faz crer que as mesmas coisas ou pessoas, sem alterações constatadas pelo tempo/fato/história — porém reunidas em outro tempo e outras superficiais circunstâncias —, automaticamente nos darão outro resultado [...]; diferente dos anteriores.

 

Pela mesma razão se pode dizer que autoengano é uma decisão mágica da alma boa; a qual, contra toda lógica e sabedoria, acredita que a boa intenção tem o poder de alterar a realidade, a nossa e a do outro; ou mesmo tem a capacidade de transformar as circunstancias implicadas na e da mesma decisão antes malfadada.

 

Autoengano, desse modo, é a mais sutil e dissimulada magia da alma!

 

Sim, das almas boas; posto que somente as boas almas sofram de tal esperança sem o peso da sabedoria. Ou seja: em tal caso, o autoengano é a deliberação da boa intenção apaixonada, ou crente de si mesma como fenômeno de sinceridade alteradora da realidade [...]; e isto contra os fatos e a sabedoria impostos pelo tempo e pelas experiências acumuladas.

 

Por tal constatação se pode dizer que autoengano é a deliberação da paixão ou do capricho do ser amante do bem, mas que ignora a realidade do outro ou das circunstâncias; ou seja: dos agentes coadjuvantes de sua esperança; o qual é... [ou os quais são], de fato, perversos agentes de sua ex-perança. Isto no caso de algo singular como um “ex/qualquer/coisa”; e que, portanto, trate-se de um “ex” contra toda esperança que se fundamente em fatos, mas apenas nas intenções mágicas do desejo santificado pela boa vontade!

 

É em tal engano que as almas boas caem todos os dias!

 

Sim, contra toda a sabedoria, contra as advertências dos Provérbios da Vida, e contra todo acumulo de entendimento! — lá se vão [...], aos milhares, santificando a insensatez pelas boas intenções!

 

Daí o autoengano ser tão sutil; posto que seja santificado pela boa intenção daquele que julga que sozinho pode mudar uma realidade que implique em dois ou até em muitos outros agentes envolvidos...

 

Todavia, apesar do que já disse, devo acrescentar que o ser humano frequentemente recorre ao autoengano como forma de auto-justificação, ou como alívio à frustração, ou como consolação na carência afetiva ou sexual [todos no nível quase total da inconsciência ou da quase total inadmissão consciente] —; isto, é claro, nos casos vinculados a relações sem futuro de felicidade ou comprovadamente inadequadas, mas que subliminarmente ainda se façam desejosas pela alma.

 

No caso do autoengano como elemento de auto-justificação, normalmente se percebe na alma uma forte dose de direito que se sente sonegado. Geralmente é quando o coração não foi de todo curado de algo pela total adesão dos sentimentos ou desejos às razões da mente/consciente [...]; e, assim, a tal coisa, pessoa ou experiência [...] em nós reaparece; e, para nós, se torna na nossa necessidade oculta de a ela responder positivamente [...], como uma forma de vingança ambivalente do nosso inconsciente — ainda que não se dê conta de tal sentir como forma ambivalente de vingança. Nesse caso, é como se a decisão um dia assumida em relação ao afastamento que decorreu da percepção de que tal coisa, pessoa ou experiência não nos serviam [...], volta sobre nós, só que agora como raiva existencial dissimulada, em razão de que não se tenha podido ter o que se almejava como um dia se pretendeu. Então a alma corre o risco de ceder e recorrer ao que já se tinha dado como equivoco [...], pela reação ambivalente e inconsciente da vingança em oposição à imposição da razão e dos fatos contra as imagens de um sonho que não se realizou conforme os nossos sonhos. Assim, a auto-justificação é aquela que afirma o capricho vingativo do desejo contra a existência e sua implacabilidade, da qual dela um dia nos confessamos convencidos, embora não de todo.

 

Quando se abre espaço para o autoengano como forma inconsciente de alívio ante a frustração, o mecanismo em operação não é vingativo, mas sim de profunda auto-piedade e auto-vitimização. Não se trata de direito à vingança existencial contra a implacabilidade da existência, mas sim de pena de si mesmo. Nesse caso, os mecanismos psicológicos em operação são mais leves e sutis; posto que na auto-vitimização inobjetiva [...] a alma apenas se adule como quem se embala em sua própria orfandade de sonhos não concretizados.

 

Porém, quando se recorre ao autoengano como expressão de carência afetiva e sexual, as forças operantes na alma são fortemente pulsionais e, portanto, passionais como cegueira de desejo[...]; o que faz com que o desejo seja em si mesmo a razão de tudo; e, em tal caso, todos os mecanismos lógicos e todas as razões cessam [...], dando-se assim espaço apenas à fome afetiva e ou sexual como causa de si mesma; e ponto final.

 

Entretanto, essas divisões são de natureza pedagógica, posto que por vezes os três fatores se casem, um alimentando o outro; e, dessa forma, não sendo possível ao ente auto-enganado, na hora de sua agonia, discernir o que lhe está a acontecer no agitado mar das suas emoções e sentimentos. E, como já disse, tudo isto se traveste de piedade ou bondade nos pretextos aos quais a alma se aferra a fim de prosseguir no seu intento.

 

Por esta razão, devo dizer que o autoengano é a mais piedosa forma de dissimulação inconsciente; a
qual, em tempo de aviso [de terceiros], nunca é atendida [...]; e isto em razão de que para o bem intencionado tal “contraditório” lhe soe como uma heresia contra a boa intenção sentida como verdade e sinceridade inquestionáveis.

 

Assim, lutar contra o autoengano de alguém é sempre como enfrentar esperanças [...] e descrer da própria verdade instituída como desejo santificado pela boa intenção e pela esperança bondosa do ser bom — e que deseja crer contra os fatos e a realidade. Portanto, trata-se de uma batalha perdida!

 

Isso porque, psicologicamente, o autoengano faz “edição inconsciente da realidade” [...], deixando ficar na memória apenas aquilo que o “editor bem intencionado” da bondade [o auto-enganado], arbitrariamente determine que sejam os fatos importantes e essenciais da realidade a serem privilegiados para fins de adesão/edição [a dele] da realidade —; e isto sem o peso do juízo e da culpa, como convém a ele que seja.

 

E quem poderá contraditar tal suposta “realidade” uma vez que ela se sacramente pela unção da sinceridade auto-imposta?

 

É por esta razão que o autoengano somente possa ser curado por um choque dolorido e dramático de realidade; isto, ainda, se o auto-enganado se deixar conduzir minimante pela sabedoria...

 

Do contrário, mesmo em tais ocasiões, a relutância de sua boa intenção o fará sentir-se traindo a si mesmo caso renuncie ao seu intento [...]; ou seja: negando a bondade que ele
ou ela projetaram sobre o “sujeito/objeto” de seu bem intencionado engano/santificado.

 

De coração espero que, sem autoengano, você tenha me compreendido; pois, de mim mesmo, sei que somente o Espírito Santo pode nos guiar a toda Verdade e vencer em nós o autoengano!

 

O que aqui escrevi [...] esclarece apenas aquele que não esteja em processo de autoengano; pois sei que nada pode contra aquele que, pela unção das boas intenções, já tenha mergulhado nas enganosas e ilusoriamente cristalinas águas do autoengano [...]; sejam quais forem os seus pretextos de direito, piedade, bondade ou até de amor [...] aos quais tenha recorrido a fim de dar prosseguimento à sua própria e dissimulada vontade.

 

Nele, em Quem nunca houve nenhuma vitória da bondade mágica contra a Realidade e a Verdade,
privilegiando qualquer autoengano,

 

 

Caio

8 de janeiro de 2012

Essa é a igreja

April 22, 2013

ESTA É A MINHA IGREJA. VOCÊ QUER SER PARTE DELA?

 

Quando Jesus disse que o “reino de Deus” ou o “reino dos céus” seria semelhante a [...] uma semente pequena que cresceria; ou como um fermento imperceptivelmente penetrante; ou como um tesouro escondido no campo; ou como uma pérola de grande valor, porém não disponível aos sentidos de todos; ou como uma candeia que iluminaria a todos os que estivessem na casa; ou ainda como o sal da terra — Ele apresentava, também, ao assim dizer, o paradigma do que a Igreja [a Dele] deveria ser como expressão visível do reino de Deus na comunidade humana.

 

Desse modo, as ênfases de Jesus são aquelas ligadas ao pequeno que cresce naturalmente a fim de acolher... [semente/árvore]; ao que tem como poder a pervasividade discreta [fermento]; a um valor indizível e que é conhecido apenas por quem o venha a conhecer em seu real significado [a pérola]; a uma riqueza escondida dos olhos de todos, e que não é objeto de propaganda [o tesouro oculto]; a uma luz para os da casa [a candeia; que ilumina a muitos se aumentarem as casas com sua luz no interior]; e à qualidade de gosto da presença dos discípulos, com poder de dar gosto divino onde estejam [o sal da terra].

 

Ora, em nenhuma dessas coisas a ênfase está na grandeza, na publicidade, na promoção ou na propaganda!

 

Ao contrário, a ênfase está na naturalidade do crescer, na pervasividade e na penetração decorrente de ser, no significado intrínseco da coisa em si, na sobriedade oculta de tal poder, que fascina por não ser massificado; na iluminação de grupos pequenos, como numa casa, e que altera primeiro os de dentro, e, aumentando o número de casas/povo iluminados, se faz visível ao mundo; e, sobretudo, a ênfase recai na qualidade essencial da natureza existencial dos discípulos, os quais, à semelhança do sal, podem dar sabor à vida dos que os cerquem, pelo fato de que eles têm tal gosto/sabor/qualidade em si mesmos.

 

Agora, compare isto com os modelos de “igreja”. Sim; com a ênfase na propaganda, no mercado, nos nichos, na promoção, no show da fé, na massificação sem rosto, no crescimento quantitativo, na artificialidade dos modelos de crescimento piramidal; ou ainda: compare com a venda do “Evangelho” como produto de salvação; sempre para fora; sempre para o mercado; sempre segundo a Coca-Cola, ou a Pepsi, e nunca segundo Jesus; o Qual, entre nós, fazia tudo com discrição, sem o afã das promoções; e que mais que frequentemente, pedia que Dele não se fizesse propaganda, ou que se O expusesse à publicidade; posto que Seu modus operandi cumprisse a profecia que dizia: “Nas praças [Ele] não fará ouvir a Sua voz!”

 

O que isto significa? Que não se pode fazer propaganda de Jesus?

 

Sim; significa isto mesmo!

 

O Jesus propaganda é o Jesus do Mercado; é o Jesus do Bazar; é o Jesus da Venda; é o Jesus do Mundo!

 

Na realidade se diz que “a fama de Jesus corria por toda parte” e que “as multidões vinham ouvi-Lo de todos os lugares”.

 

Todavia, isso acontecia porque acontecia; porque era verdade; porque não se consegue esconder a luz; porque se o sal for jogado na terra nota-se a diferença pelo sabor; porque se a semente virar árvore as aves dos céus a encontram com naturalidade; porque o achar da “pérola de grande valor” faz aquele que a acha sair alegre com tal descoberta; porque o “tesouro escondido no campo”, uma vez que nele se tropece, faz o achador vender tudo e comprar o campo, a qualquer custo ou preço, tornando qualquer esforço apenas um ganho, uma alegria!...

 

Assim deveria crescer o “reino de Deus” entre os homens; e assim deveria ser com a Igrejados discípulos de Jesus como expressão do “reino de Deus” na História.

 

Ora, isto faz sentido com a lógica de Jesus em tudo; embora difira radicalmente das lógicas humanas!

 

Sim; pois foi Jesus Quem disse que o grão de trigo tem que morrer a fim de dar muito fruto; que aquele que busca se salvar, perde-se; que aquele que morre, vive; que aquele que se humilha, será exaltado; e que é o pequeno que se faz grande!

 

O problema é que desde os apóstolos [...] pensar diferente sempre foi uma tentação. Tiago mesmo se vangloriava de ter “milhares e milhares com ele em Jerusalém”, e também que um grande número de sacerdotes do judaísmo [...] eram cristãos “zelosos da Lei de Moisés”.

 

Paulo parece ser o exemplo a ser seguido entre os apóstolos como aquele que não desistiu jamais do paradigma de Jesus; sem surtos de tomadas de cidades; sem querer erguer nada no Areópago; sem pretender nada além de ir plantado sementes de igreja nas casas; sem buscar conluio com autoridades das sinagogas; sem falsas expectativas —; enquanto, assim procedendo, em nenhum outro tempo apostólico [...] as coisas geravam mais bulício, produziam mais impacto nas cidades, alvoroçavam mais o mundo!

 

A Igreja que revolucionou o 1º e o 2º Séculos foi a de Paulo, não a de Tiago, a qual tinha Jerusalém como modelo!

 

Do 4º Século em diante, todavia, houve uma fusão do modelo de Jerusalém [o de Tiago] com o paganismo cristianizado, miscigenado, sincretizado, politizado e cooptado pelo Imperador Constantino.

 

Sim; esse é o modelo que vige até aos nossos dias!

 

Até mesmo o Protestantismo das raízes mais bem intencionadas se serviu dos aparatos que o Catolicismo havia produzido; como, por exemplo, os grandes prédios de culto ao estilo romano; os modelos oficiais de sacerdócio; as hierarquias de autoridade; a oficialidade dos sacramentos; a liturgia do culto; o oráculo procedente de oficiais; os vínculos com as realezas; o conluio com os principados políticos; e, consequentemente, com a propaganda e o mercado.

 

Assim, a Igreja casa [grão de mostarda] deu lugar à “igreja” Catedral; a Igreja fermento deu lugar à “igreja” da influencia; a Igreja do valor intrínseco deu lugar à “igreja” do intrínseco valor da propaganda; a Igreja do tesouro oculto deu lugar à “igreja” das promoções de poder.

 

Ora, é por isto que nos últimos 1700 anos a “igreja” teve todos os poderes do mundo na mão, mas o mundo apenas piorou! — sem falar que a Igreja de Deus teve que se ocultar ainda mais nas sombras da “Igreja dos Homens” ou até fora dela!

 

Desse modo, afirmo que faz milênios que o mundo não assiste ao que possa ser a verdadeira revolução da Igreja; sim, desde os dias em que gente como Paulo praticava a grandeza do pequeno; seguia a fermentalidade subversiva do oculto; celebrava com bravura feliz o achado de grande valor para o coração; e a criação de uma rede de amantes de Deus guiados pela leveza da Palavra apenas — em casas, em bosques, em pequenos grupos, em porões, em jardins particulares, em lugares públicos abandonados, etc... — sim; desde aquele tempo o mundo não viu mais o poder subversivo e sem dono humano da Igreja de Deus!

 

A revolução da Igreja no mundo decorre de sua disposição de ser não-proprietária; de ser hebreia na leveza peregrinante dos seus movimentos; de ser discreta e prática nas suas obras de amor; de ser o mais livre possível dos poderes constituídos deste mundo; de ser uma comunidade de amor, que se reúne para compartilhar a Palavra, orar, adorar e ajudar-se mutuamente; enquanto vive o testemunho do Evangelho em serviço de amor no mundo.

 

Se um dia essa Igreja reaparecer em grande escala de multiplicidade não adensada; se ela ressurgir na subversão de ser sem a propaganda de aparecer em outdoors; se ela ressurgir como agente ocultamente visível apenas por suas obras de generosidade e graça; se ela emergir como sombra simples que decorre da sua própria natureza; e se seu gosto for renovado pela qualidade existencial dos seus agentes — então, outra vez, sem que isto decorra de um plano ou de uma estratégia, mas da mera expressão da própria natureza de ser desse ente santo, o mundo tremerá sem saber nem de onde vem o abalo.

 

Nós, todavia, fomos ensinados pelo diabo que isto é morte, é fraqueza, é moleza, é perda de poder, é desistência de status, é suicídio, é entrega do que se conquistou ao mundo; é coisa de maluco; sim; de gente que perdeu a visão, perdeu a ambição, perdeu o espírito profético.

 

Sim; diante disso o diabo diz à “igreja”: “Jamais! Isto de modo nenhum te acontecerá, Senhora!”

 

Ao que Jesus continua a responder: “Arreda de mim, Satanás; pois para mim tu és pedra de tropeço!”

 

Eu, porém, sei que grito no deserto; sei que sou lido como louco; sei que tais palavras são consideradas insanidades; sei que não serei ouvido; embora, em meu coração, saiba também que aqui e ali uns poucos me entendam; e, assim, eu julgue que pela conversão de alguns [...] o que hoje seja horrível, possa ser de um modo ou de outro melhorado; ou, pelo menos, possa, em acontecendo em que escala possa acontecer [...], suscitar, emular ciúmes na “Israel/Igreja/Pedrada” — usando os pensamentos de Paulo em Romanos 9,10 e 11.

 

Nele, em Quem tenho a consciência tranquila quanto a nunca ter deixado de dizer o que Igrejaé para Jesus,

 

 

Caio

20 de janeiro de 2012

Lago Norte

 

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